Ao trabalhar com publicidade médica, é preciso tomar muito cuidado. Afinal, essa área é repleta de regras específicas que não podem ser descumpridas. Caso contrário, o profissional pode até ser multado e sofrer outros tipos de punição.
No entanto, seguindo as recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM), é possível sim aos profissionais de diversas especialidades médicas divulgarem seu trabalho por meio do marketing digital. Quer saber como? Então, continue lendo esse post e confira os detalhes!
Por que há limitações?
Diferentemente de outras atividades profissionais, a medicina lida com a saúde das pessoas e, consequentemente, com questões delicadas e muito particulares de cada indivíduo.
Sendo assim, não se trata de um simples produto ou serviço que se deseja vender a um cliente. Aliás, cliente não: paciente. E, ao procurar uma especialidade médica, esses pacientes estão em busca de mais saúde e qualidade de vida.
Portanto, o Código de Ética Médica determina que a publicidade na medicina deve visar à prestação de serviço, sendo responsável e verdadeira. O foco, então, deve ser informar.
Quais resoluções tratam da publicidade médica?
A principal delas é a resolução CFM nº 1974/2011, que tem como principal objetivo o combate ao sensacionalismo e aos abusos em propagandas de serviços de saúde.
Existem ainda as resoluções CFM nº 2.126/2015 e CFM nº 2.133/2015, que atualizaram as regras para participação de médicos em publicidade nos mais diversos meios, o que inclui as redes sociais. Além disso, existe o Código de Ética Médica, resolução CFM nº 2.217/2018, que dedica um capítulo inteiro exclusivo à publicidade médica.
Por isso, se você é um médico e quer começar a fazer divulgação dos seus serviços, avalie com bastante atenção todos esses documentos para não cometer nenhuma infração.
E os meios de consulta para execução da publicidade médica não terminam aí. Sempre que sentir necessidade, você tem à disposição os Conselhos Regionais de Medicina para prestar esclarecimentos.
O que é proibido?
Nos documentos que citamos acima, existem proibições expressas. Para que você fique por dentro delas e evite infringir as normas, nós selecionamos algumas a seguir. Confira!
Selfies no local de trabalho
As selfies durante o trabalho e o atendimento infringem as regras da publicidade médica. Isso porque o CFM acredita que a ação quebra o anonimato e a privacidade da prática do profissional.
Por isso, o profissional médico deve ter um perfil profissional em redes sociais, focado em informar e no relacionamento com os pacientes. Os conteúdos pessoais devem estar separados, em outro perfil.
Promover equipamentos
Os médicos e instituições de saúde até podem divulgar os equipamentos que utilizam nos procedimentos. No entanto, é proibido dar ideia de maior capacidade ou garantia de sucesso em um tratamento através da promoção de aparelhos e tecnologia.
Expressões adjetivadas
É necessário ter bastante atenção na hora de se comunicar com o público por meio do perfil profissional ou outras formas de publicidade. As resoluções proíbem expressões adjetivadas como “o melhor”, “único capacitado”, “resultado garantido” e semelhantes.
Antes e depois
As resoluções ainda proíbem médico de divulgar imagens dos pacientes após passar por um procedimento médico, ainda que com autorização da pessoa que passou pela técnica. Isso porque os resultados obtidos costumam variar de pessoa para pessoa e, portanto, corre-se o risco de fazer propaganda enganosa.
Divulgar informações sem comprovação científica
O médico deve ter perfil profissional voltado para a prestação de serviço e informação ao público. Entretanto, tudo o que for divulgado precisa ter comprovação científica.
Dessa forma, informar sobre tratamentos e procedimentos não reconhecidos cientificamente podem gerar infrações ao profissional.
Agora você conhece as regras da publicidade médica e está mais preparado para não cometer infrações. Quer mais dicas sobre marketing digital? Então, siga nossa página no Instagram.